Peces

Desilusão e Autoconhecimento em 'Peces' de Francisca Valenzuela

A música 'Peces' de Francisca Valenzuela é uma expressão lírica de desilusão amorosa e reflexão sobre a autoestima e as escolhas pessoais. Através de uma metáfora aquática, a artista chilena explora a ideia de que, apesar da vastidão de opções ('tantos peces en el mar'), frequentemente se encontra repetindo padrões em suas relações, escolhendo parceiros que não correspondem às suas necessidades emocionais ou que trazem complicações adicionais ('El que no me deja nadar / O uno que le cuelgan muchas más').

A letra também aborda a comparação com outras pessoas, especificamente uma rival amorosa descrita de maneira superficial ('si te gustan las sonrisas huecas, las impresiones coquetas, las piernas perfectas al caminar'). Essa descrição sugere uma crítica à valorização excessiva da aparência e do comportamento superficial em detrimento de qualidades mais profundas e genuínas. Valenzuela expressa um misto de ressentimento e resignação, reconhecendo que, apesar do afeto que ainda sente, a relação é prejudicial ('Obvio que siento un cálido afecto hacia ti / Aunque me robes el corazón').

Por fim, a música culmina em uma autoafirmação, onde a cantora pede para ser lembrada como realmente é, com seus defeitos e qualidades ('Recuerdame como la de mal genio, recuerdame / Recuerdame como la bruja amargada'). Essa parte da letra ressalta a importância de manter a autenticidade e a autoaceitação, mesmo quando isso pode não ser atraente ou fácil. 'Peces' é uma obra que fala sobre a dor da rejeição, mas também sobre o crescimento pessoal e a busca por relações mais saudáveis e verdadeiras.