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Se Um Dia Eu Deixar de Ser Vaqueiro

Joãozinho Aboiador

Se um dia eu deixar o meu sertão
Resolver viajar para distante
Eu por lá vou me lembrar todo estante
Das perneiras do chapéu e do gibão

Da espora o chicote e o facão
Da Suzana da corda e a laçada
Do cavalo o galope e a passada
Da cacimba o açude e o Barreiro

Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada
Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada

Desde de novo que sou acostumado
Em laçar touro bravo na caatinga
Comer carne de bode e tomar pinga
Dançar xote baião e correr prado

Aboiar tirar leite e tanger gado
Ganhar taça e troféu em vaquejada
Vacinar campear cantar toada
E namorar com filha de fazendeiro

Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada
Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada

Eu não penso em deixar a minha terra
O lugar que eu fui nascido e criado
Que não quero viver como empregado
Vou ficar aqui no meu pé de serra

Assistir a ovelha quando berra
De manhã o cantar dá passarada
Meia noite uma coruja parada
Na estaca da cerca do chiqueiro

Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada
Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada

Eu não quero mudar meu ideal
Pra dizer que eu sou capitalista
Vou seguir minha vida de artista
Só não quero negar meu natural

Se trabalho do campo a capital
Mas não acho essa luta tão pesada
Lá na serra construir minha morada
Sou feliz com meu povo o tempo inteiro

Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada
Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada

Admiro demais a natureza
Vem a chuva o relâmpago e o trovão
Deus mandando à riqueza pra o sertão
Se ver água descer na correnteza

Já se ver muito lucro com certeza
Sendo assim já não vai mais faltar nada
Ver o Sol de uma manhã ovarlhada
Clariando o painel do tabuleiro

Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada
Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada

O vaqueiro é um gênio sertanejo
Que desperta a boiada nordestina
O aboio é a sua disciplina
Ele canta matando seu desejo

Come mel rapadura leite e queijo
O cuscuz o angu e a coalhada
Se lhe falta manteiga o carne assada
Ele come a buchada de um carneiro

Se um dia eu deixar de ser vaqueiro
Vou chorar com saudade da boiada
Vou chorar com saudade da boiada

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Composição: Joãozinho Abolador / Raminho Severino. Essa informação está errada? Nos avise.

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