Olhos Que Afagam (part. Martins)
Juliano Holanda
Tenho desejos aflitos por olhos que afagam
Esses olhares diretos que traçam perfis
Eu já sei que não vou morar no céu
Sustento o peso de olhares incertos
E às vezes me engasgo
Pelos perversos, me rasgo
Meu braço de rio
Pra você se molhar em minhas mãos
Me prender em suas mãos
Me jogar onde quiser
E entender que há muito mais pra se dizer
Dentro de nós
Escuto sopros agudos que vêm feito ventos
Sons recortando silêncios que bordam seu frio
E eu não sei o que há depois do céu
Relembro o gosto dos lares que tive e o brejo das ruas
Pelos desertos que vago, meu faro, meu cio
Por você, pra te desprender de mim
E deixar você seguir pra chegar onde quiser
E entender que é tão difícil carregar o peso da voz
Tenho desejos aflitos por olhos que afagam
Esses olhares diretos que traçam perfis
Eu já sei que não vou morar no céu
Relembro o cheiro dos lares que tive e o brejo das ruas
Pelos desertos que vago, meu faro, meu cio
Por você, pra te desprender de mim
E deixar você seguir pra chegar onde quiser
E entender que é tão difícil carregar o peso da voz
E deixar você seguir pra chegar onde quiser
E entender que é tão difícil carregar o peso da voz
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