Derrière le brouillard (part. Grand Corps Malade)

Et dans le noir, derrière le brouillard
J'entends ce piano chanter
Chanter l'espoir, l'envie de croire
Qu'on peut tout réinventer

Alors je joins ma voix encore une fois
Pour tenir dans l'orage
Je joins ma voix encore une fois
Pour trouver le courage

Y a pas d'recette, pour supporter les épreuves
Remonter les cours des fleuves, quand les tragédies pleuvent
Y a pas de recette, pour encaisser les drames
Franchir les mers à la rame, quand le rêve te fait du charme

Y a pas de recette, quand t'en avais pas non plus
Personne ne t'avait prévenu, tu t'es battu comme t'as pu
Y a pas de recette, quand l'enfer te serre la main
Abandonner c'est humain, l'avenir c'est loin

Mais tu t'es mise à chanter, même pas par choix
Comme à chaque chute, à chaque fois, ça c'est imposé en toi
Chanter, comme un enfant surpris
Comme un instinct d'survie, comme un instant d'furie

Chanter pour accepter, exprimer
Résister, avancer, progresser, exister
Chanter comme une résilience, une délivrance
Chanter comme une évidence

Et dans le noir, derrière le brouillard
J'entends ce piano chanter
Chanter l'espoir, l'envie de croire
Qu'on peut tout réinventer

Alors je joins ma voix encore une fois
Pour tenir dans l'orage
Je joins ma voix encore une fois
Pour trouver le courage

À quel moment, tu comprends que c'est ton truc?
Que la musique revient pour te relever de chaque chute
À quel moment, tu sais qu'elle est ta boussole?
Quand la vie te punit, la musique te console

À quel moment, ce piano a chanté?
Ses accords t'ont hanté, ont choyé ta santé
À quel moment, il est ta respiration?
Et à quel moment, on en fait une chanson?

Si je me sens comme une enfant
J'ai déjà eu plusieurs vies
Je peux regarder devant
En chantant ce qu'on m'a pris

Moi aussi, j'ai connu une sorte de brouillard
Et j'ai entendu ce piano au loin
Et moi aussi, sans vraiment le prévoir
Naturellement ma voix la rejoint

On a pas du tout les mêmes histoires
Mais finalement quelques points communs
Comme un air de force oratoire
J'écris, tu chantes, le brouillard est bien loin

Et dans le noir, derrière le brouillard
J'entends ce piano chanter
Chanter l'espoir, l'envie de croire
Qu'on peut tout réinventer

Alors je joins ma voix encore une fois
Pour tenir dans l'orage
Je joins ma voix encore une fois
Pour trouver le courage

Atrás do Nevoeiro (part. Grand Corps Malade)

E na escuridão, atrás do nevoeiro
Ouço este piano cantar
Cantando a esperança, o desejo de acreditar
Que tudo podemos reinventar

Então uno minha voz mais uma vez
Para resistir à tempestade
Uno minha voz mais uma vez
Para encontrar coragem

Não há receita para suportar as provas
Para nadar contra o curso dos rios, quando as tragédias chovem
Não há receita para suportar as angústias
Remar pelos mares, quando o sonho quer te encantar

Não há receita, quando você não tinha nenhum dos dois
Ninguém te avisou, você lutou o máximo que pôde
Não há receita, quando o inferno aperta sua mão
Desistir é humano, o futuro está longe

Mas você começou a cantar, nem mesmo por escolha
Como em todas as quedas que, todas as vezes, foram forçadas a você
Cante, como uma criança chocada
Como um instinto de viver, como um instante de fúria

Cante, para aceitar, experimentar
Resistir, avançar, progredir, existir
Cante como resiliência, libertação
Cante como se fosse natural

E na escuridão, atrás do nevoeiro
Ouço este piano cantar
Cantando a esperança, o desejo de acreditar
Que tudo podemos reinventar

Então uno minha voz mais uma vez
Para resistir à tempestade
Uno minha voz mais uma vez
Para encontrar coragem

Em que momento você entendeu que é isso que fazes?
Que a música volta para erguê-la em todas as quedas
Em que momento você soube que ela é sua guia?
Quando a vida te pune, a música consola

Em que momento o piando cantou?
Seus acordes te perseguem, mimam sua saúde
Em que momento ele é sua respiração?
E em que momento fizemos uma canção sobre isso?

Se eu me sinto como uma criança
Já tive muitas vidas
Posso olhar para frente
E cantar o que foi tirado de mim

Eu também conheci um tipo de nevoeiro
E ouvi esse piano ao longe
E também, sem estar realmente preparado
Minha voz simplesmente se uniu

Não temos as mesmas histórias
Mas pelo menos alguns pontos em comum
Como uma melodia de força oratória
Eu escrevo, você canta, o nevoeiro está bem longe

E na escuridão, atrás do nevoeiro
Ouço este piano cantar
Cantando a esperança, o desejo de acreditar
Que tudo podemos reinventar

Então uno minha voz mais uma vez
Para resistir à tempestade
Uno minha voz mais uma vez
Para encontrar coragem

Composição: Grand Corps Malade / Mosimann