Rio Formoso
Luiz Faria e Silva Neto
Na beira do Rio Formoso fiz um rancho de taboca
Coração verde da mata onde a onça faz a toca
No Jirau já tem fartura de farinha e tapioca
E o meu prato preferido é cateto com mandioca
No machado fiz voar os cavacos da peroba
Plantei milho e feijão, dei sumiço na saroba
Bebo agua lá na bica numa folha de taioba
Escutando o jaó no meio da guariroba
Desce o sol avermelhado na fumaça da coivara
Saracura vem chorosa, quebrei tres potes não para
As caçadas de tatu quando é madrugada clara
Eu garanto o espeto misto quando fisgo a capivara
No relógio de matuto urutau que faz a hora
Como canta a mãe-da-lua quando a natureza chora
No virar da meia-noite nos mistérios desta flora
Já vi saci-pererê levar surra de caipora
Sou feliz olhando a lontra, quando nada vem de arranco
No olhar de cada bicho eu vejo um amigo franco
Longe da corrupção eu vou aguentando o tranco
Aqui não tem criminoso e nem colarinho branco.
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Luiz Faria e Silva Neto e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: