Justo
Marquinho Dikuã
Justo no copo que tomei
Justo a foto que perdi
Justo a promessa que falhei
Justo no dia que saí
Justa é a porta da esperança
Por onde passa o mendigo e o rei
Justo quando eu desafinei
É justo o pranto de um poeta
Quando silêncio se faz por alguém
E quando o choro é de lembrança
É justo festejar também
Se o surdo já não fica mudo
É justo o riso que trago em mim
Justiça agora seja feita
Na justa cadência de um justo assim
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