Catarina
Paulinho Tó
Dorme pequenina
Hoje não tem mostro no quintal
Dorme, é cedo ainda
Descança que amanhã vai ser fatal
Voa bem distante
Do avanço industrial
Louca radiante
No espaço sideral
Não tem campainha
Nem nome, telefone pra tocar
Se for Catarina
Dezênico Fernando há de anotar
Longe da buzina
E bem depois de lá
Voa colorida
No atlântico polar
Deixa Catarina
Se vaso não combina com o sofá
Tudo se acomoda
Nos olhos de quem sabe imaginar
Voa, não demora
Pro sol te anunciar
Que chegou a hora
Da vida te buscar
Unha pra fazer
Choro pra esconder
Louça pra lavar
Filho pra buscar
Culpa de querer
E de não querer
Sempre trabalhar
Louca pra chegar
Prenhe de prazer
Tudo por fazer
Louça pra lavar
Filho pra buscar
Tanto pra dizer
Quem vai entender
Ninguém
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