O Menino de Sua Mãe
Secos & Molhados
No plaino abandonado
Que a morna brisa aquece
De balas trespassado
Duas, de lado a lado
Jaz morto, e arrefece
Raia-lhe a farda o sangue
De braços estendidos
Alvo, louro, exangue
Fita com olhar langue
E cego o céus perdidos
Tão jovem! Que jovem era!
Agora que idade tem?
Filho único a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera
O menino de sua mãe
Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve
Dera-lhe a mãe está inteira
E boa cigarreira, ele é que já não serve
De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo
A brancura embainhada
De um lenço
Deu lhe a criada
Velha que o trouxe ao colo
Lá longe em casa a uma prece
Que volte sempre bem
Malhas que o império tece
Jaz morto e apodrece
O menino de sua mãe
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