Borboleta
Continuei a cavar nas profundezas do subterrâneo
Sem saber onde o buraco me levaria
Com uma pá molhada de lama em uma mão
Eu procurei pelo seu braço
Enquanto eu raspava e separava minha felicidade remendada
Eu fui esmagada pela sua força
Queimando
Queimando
As cicatrizes inapagáveis das palmas de suas mãos
Com minhas asas rasgadas, corto uma fenda no céu rubro
Veja, eu posso flutuar melhor do que você pensava
Aonde a eternidade com a qual sonhei enquanto confinada no meu casulo
Irá florescer, eu imagino?
Ao fim, o amanhecer trará de volta a escura noite
E roubará minha visão
Na luz da Lua
Eu acreditei que se continuasse a apalpar
Minha mão iria se emaranhar com a sua, e eu conseguiria lhe encontrar
Queimado
Queimado
O lugar da nossa promessa que nunca irá retornar
Correndo através da terra manchada de preto em uma agonia rasgada
Veja, eu posso flutuar melhor do que você pensava
Se você não pode me ouvir, mesmo que eu grite
Eu quero que você me destrua com as suas próprias mãos
Enquanto eu ainda puder chamar a mim mesma de "eu"
Seus braços que me seguram se transformam em uma gentil poeira
Eu apenas, silenciosamente
Olho para o céu
Queimando
Queimando
As cicatrizes inapagáveis das palmas de suas mãos
Com minhas asas rasgadas, corto uma fenda no céu rubro
Queimado
Queimado
O lugar da nossa promessa que nunca irá retornar
Veja, eu posso flutuar melhor do que você pensava