Samba-Enredo 1978 - O Amanhã

A Incerteza do Futuro no Samba da União da Ilha

A música "Samba-Enredo 1978 - O Amanhã" da escola de samba G.R.E.S União da Ilha do Governador é uma reflexão poética sobre a incerteza do futuro e a busca incessante do ser humano por respostas sobre o próprio destino. A letra aborda a curiosidade e a ansiedade que muitas pessoas têm em relação ao que está por vir, utilizando elementos da cultura popular brasileira, como a consulta a ciganas, bolas de cristal, jogos de búzios e cartomantes, para simbolizar as tentativas de prever o futuro.

O refrão questiona "Como será o amanhã?", uma pergunta universal que ressoa com a experiência humana de dúvida e esperança. A música sugere que, apesar de todas as tentativas de adivinhação, o destino de cada um está nas mãos de uma força maior, expressa na música como "Deus quiser". A letra também faz referência a práticas de adivinhação e superstições, como desfolhar o mal-me-quer e ler mensagens zodiacais, mostrando a busca por sinais que possam indicar o que o futuro reserva.

A mensagem final do samba-enredo é otimista, apesar da incerteza. O "realejo", um instrumento tradicionalmente associado à sorte, traz a promessa de felicidade, sugerindo que, independentemente das preocupações e incertezas, há uma esperança intrínseca de que o futuro trará alegria e contentamento. A música, portanto, captura a essência do espírito humano de olhar para o futuro com esperança, mesmo diante do desconhecido.