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Chapéu Atolado

Zé Tapera e Teodoro

Num restaurante granfino chegou um senhor mal trajado.
Sentou na mesa e pediu um almoço reforçado.
O garçom lhe respondeu com um modo indelicado.
Procure outro ambiente de acordo com seu estado.
Só recebemos elite, esta casa não permite,
Freguês chapéu atolado.

Passava das doze horas muita gente no salão.
Normalistas e doutores pessoas de posição.
O caboclo envergonhado com a atitude do garçom.
Foi saindo constrangido pela grande humilhação.
Antes de sair na porta, disse aguarde a minha volta,
No traje de cidadão.

Procurou uma barbearia cabelo e barba cortou.
Camisa, terno e gravata, sapato e meia comprou.
Artigos de alta classe muito caro lhe custou.
Pagando com cheque ouro ao negociante falou:
Não tenho aparência nobre, mais o ouro não é cobre,
Eu quero mostrar quem sou.

No outro dia bem cedo um carro novo comprou.
As doze horas em ponto no restaurante chegou.
Não sendo reconhecido na mesma mesa sentou.
Pediu a melhor bebida e o preço não perguntou.
Foi gentilmente atendido, o garçom muito exibido,
De doutor já lhe chamou.

Respondeu não sou doutor não seja tão delicado.
Se ontem aqui nesta casa por você fui maltratado.
Eu tenho muitas fazendas e muitos mil empregados.
No meu campo de trabalho não se anda engravatado.
Quem dá luxo e vaidade, pros bacanas da cidade,
È o chapéu atolado.

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