Samba-Enredo 2003 - É Arte, É Carnaval: A Barra da Tijuca Apresenta o Teatro do Oprimido Na Vida Real!
Acadêmicos da Barra da Tijuca
A vida é o cenário desta trama
E o povo, nosso artista principal
Palavras e gestos unidos
Surge em ritos primitivos
A linguagem teatral
Na Grécia, o teatro vai às ruas
Porque o artista vai aonde o povo está
Vem amor... Divino Baco vem brindar orgias
Realizando fantasias, embriagando corações
Festa e dor... em Roma o coliseu e as multidões
A opressão do elitismo, ditames e imposições
Roda o mundo pra chegar - de lá pra cá
Vem das terras de além mar - catequizar
Reza índio! Reza negro!
Êta povo rezadeiro!
São as origens do teatro brasileiro
Meu canto traz um tom de encanto
Tenho a minha "opinião"
Do teatro de revista ao teatro de arena
O esplendor de uma nação... (meu Brasil)
Ó! Meu Brasil "trigueiro'
Teu solo viu nascer a obra de "Boal"
Respeite o meu pandeiro
Que embala a voz do oprimido contra o mal
Sou Zé-Ninguém! Eu sou de arrepiar! (bravo!)
E roubo a cena nessa festa popular (agora bate o tambor)
Agora bate o tambor
Vem balançar!
Abre a cortina que eu vou
Me apresentar!
É arte, é carnaval, vem sambar!
Pode aplaudir que a Barra vai passar
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