Chamarrita de una bailanta

(Chamarrita)

De una bailanta con acordeón
até la luna con el sol;
dejé un momento de ser peón,*
hombre volví y en eso estoy.

Y por una sola fiesta
me dudé con el patrón,
que me dijo: Parrandero,
no me pisa en el galpón.

Y me habló de obligaciones,
del trabajo y la Nación,
a mí, que sembré en sus campos
mi pobreza y mi sudor.

Lo miré medio sonriendo
y monté en mi redomón;
aramos, dijo el mosquito,
al buey que rompe el terrón.

Mucho hablar de obligaciones,
nada de farras, peón;
usted, que vive a cacundas
de los pobres como yo.


* Alfredo Zitarrosa dice "por una noche no fui peón".

A Chamarrita Bailanta

(Chamarrita)

Numa Bailanta acordeão
amarrado a lua com o sol;
momento em que deixaram um peão, *
homem voltou e que eu sou.

E por uma parte
Hesitei com o empregador,
Eu disse Parrandero,
Eu piso na casa.

E eu falei de obrigações,
Trabalho e da Nação
para mim, que eu plantei em seus campos
minha pobreza e meu suor.

Olhei para ele um meio sorriso
e pulou no meu redomón;
arado, disse que o mosquito,
o boi, quando ele quebra o torrão.

Falar muito de obrigações,
nenhuma festa, trabalhador;
Você, que vive cacundas
dos pobres como eu.


* Alfredo Zitarrosa diz que "por uma noite não era um peão."

Composição: Carlos Benavides / Washington Benavides