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Exu, exu
Laroyê, exu
Laroyê exu
Exu, laroyê
Exu laroyê

Sou o mais próximo dos humanos
Não são sagrados ou profanos meus tantos afazeres
Seria triste engano imaginar irresponsável ou leviano
Meu refinado gosto pelos prazeres

Frequento as encruzilhadas porque são meus os caminhos
Uma taça de vinho ou aguardente me basta
Se for um presente de quem ama a vida terrena
Quem crê que a noite é um poema escrito cena por cena
A fogo ou a bico de pena
Mas feito à luz do dia

A nudez é o meu traje
Recrimina ou reage ao meu falo desnudo
Aquele que vê quase tudo o que a existência
Oferece como algo que carece de dignidade e nobreza
Que tola indelicadeza com a desambição dos tecidos
E com o vigor milagroso dos nobres cinco sentidos
A modéstia dos tecidos que ocultam o que por ventura vos ruboriza
Não deseja autoridade que o avaliza e nem quer ter a mão juíza
Que vos possa conduzir ao que crede ser santidade
Hospeda e cobre apenas vossas vaidades

Minha hora é grande
Cumpro determinações de zambi ao realizar meu oficio
De sentinela na porta dos edificios
A entrada dos cortiços está sob minha tutela
Estou sempre lá de cartola e cravo na lapela
Eu e minha amada, a bela rainha das madrugadas
Cujas asas coloridas emolduram meus sonhos
Acendem a minha chama, adornam a minha vida
Ela é de alma cigana
E quando do céu cai o orvalho, desfolha o baralho
As sendas decodifica, compreende
Minha intuição se rende a sua sabedoria
E vamos nós a diante
Dois carinhosos amantes exalando o inebriante perfume da paixão
O gozo da sedução tem nossa chancela
Uma noite a luz de vela é uma tela por nós desenhada
É nela que ao terminar a lida celebramos a vida, descansamos da estrada

Laroyê!

Pensai sobre o que de forma eloquente
Com cegueira e preconceito, a nosso respeito vos legaram
Nos descubram, amigos
Pois, sinceramente, nos entristece ser tidos como adversários

Belo e formoso
Valente e faceiro
Viril como o sol
Luz de guerreiro
Ar de cavaleiro
Astuto e sagaz
As damas amam seus olhos e entregam seus corpos na noite voraz
E amanhecem suadas, cansadas e amadas por esse rapaz
Que é o guardião da noite
Tem torre de vigília
Lá onde as ruas se cruzam e no portão de ferro o cais
Lá pro meio da noite, quando a hora cresce
Trabalha a luz da magia até que amanhece

Ele é o guardião da noite
Tem torre de vigília
Lá onde as ruas se cruzam e no portão de ferro o cais
Lá pro meio da noite, quando a hora cresce
Trabalha a luz da magia até que amanhece

Laroyê ê lebara
Laroyê, laroyê
Ê lebara, laroyê

Ela é mulher
Livre como a vida
Voa pela noite
Com suas asas coloridas

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