Mais Pra Louco Do Que Certo

A Dualidade e a Resiliência em 'Mais Pra Louco Do Que Certo' de Baitaca

A música 'Mais Pra Louco Do Que Certo' de Baitaca é uma celebração da resiliência e da dualidade humana. Desde o início, o cantor afirma que ninguém pode impedir seus versos, pois é guiado por Deus. Isso sugere uma confiança inabalável em sua própria capacidade e destino, uma característica comum nas músicas de Baitaca, que frequentemente exaltam a força e a coragem do homem do campo. A letra também menciona que ele não se espanta com 'papo frio', indicando uma resistência a críticas e negatividade.

A dualidade é um tema central na música, como evidenciado na linha 'Sou forte, sou meio fraco, meio Diabo e meio Santo'. Baitaca reconhece suas próprias contradições, algo que todos os seres humanos possuem. Ele se descreve como alguém que pode ser tanto bom quanto mau, forte quanto fraco, e essa honestidade sobre sua natureza complexa é um dos aspectos mais cativantes da canção. Além disso, ele se apresenta como um mestiço, alguém que não se deixa abalar por superstições ou inveja, reforçando a ideia de que ele é um sobrevivente resiliente.

A música também exalta a capacidade de superar adversidades. Baitaca fala sobre 'botar fogo no capeta' e 'ficar de dono da casa', metáforas que indicam sua habilidade de enfrentar e dominar seus demônios internos e externos. Ele também menciona que espanta a tristeza com versos e que coloca freio em seu destino, sugerindo que ele usa a música como uma forma de controle e expressão pessoal. A imagem de 'sapatear nas brasas' e 'dar nó no meio da sucuri' reforça ainda mais essa ideia de resiliência e domínio sobre situações difíceis.

'Mais Pra Louco Do Que Certo' é uma ode à complexidade humana e à capacidade de enfrentar e superar desafios. A música é um reflexo da vida no campo, onde a força e a resiliência são essenciais para a sobrevivência, e Baitaca captura isso de maneira brilhante em sua letra.