Malandragem Dá Um Tempo

A Sabedoria do Malandro na Voz de Bezerra da Silva

A música "Malandragem Dá Um Tempo", interpretada pelo icônico sambista Bezerra da Silva, é um retrato da malandragem carioca e da vida nas periferias do Rio de Janeiro, onde a vigilância policial e a necessidade de sobrevivência exigem astúcia e cautela. A letra fala sobre a prudência no ambiente hostil das favelas, onde a atenção deve ser redobrada para não cair nas armadilhas da lei ou de outros malandros.

O refrão "Vou apertar, mas não vou acender agora" sugere a ideia de preparar um cigarro de maconha, mas não consumi-lo imediatamente, metaforicamente falando sobre a importância de saber o momento certo para cada ação, evitando problemas com a polícia ou com outros indivíduos que possam representar uma ameaça. A expressão "malandragem dá um tempo" é um conselho para que os malandros sejam mais discretos e deixem a 'sujeira' ir embora, ou seja, esperem um momento mais seguro para suas atividades.

Bezerra da Silva, conhecido por suas letras que refletem o cotidiano das comunidades e a realidade social do Brasil, utiliza a música para transmitir mensagens de cautela e inteligência nas ruas. A canção se torna um hino de sobrevivência urbana, onde a malandragem não é apenas um estilo de vida, mas uma forma de resistência e adaptação às adversidades do dia a dia.