Ballad in Plain D

A Dor do Amor Perdido em 'Ballad in Plain D' de Bob Dylan

Em 'Ballad in Plain D', Bob Dylan narra uma história de amor e perda, marcada por arrependimento e reflexão. A música começa com Dylan descrevendo uma jovem que ele amou, comparando sua pele ao bronze e sua inocência à de um cordeiro. Ele a cortejou com orgulho, mas agora ela se foi, assim como a estação que ela levou consigo. Essa introdução estabelece um tom de nostalgia e tristeza, refletindo sobre um amor que não pôde ser mantido.

Dylan continua a narrativa detalhando como ele a afastou de sua mãe e irmã, que também sofriam com seus próprios fracassos. Ele descreve a irmã mais nova como sensível e criativa, mas também como um bode expiatório, facilmente desfeita pelo ciúme dos outros. A irmã mais velha, por outro lado, é retratada como um parasita, presa em seu tédio e orgulho. Essa dinâmica familiar complexa adiciona camadas de tensão e conflito à história de amor, mostrando como as relações interpessoais podem ser complicadas e dolorosas.

A música culmina em um confronto dramático entre Dylan e a irmã mais velha, com a jovem amada presa no meio. Dylan admite seus próprios erros e mentiras, reconhecendo que não pode ser desculpado pelo que fez. Ele descreve a cena final de maneira vívida, com gritos e lágrimas, e eventualmente foge, deixando para trás as cinzas do amor. A música termina com Dylan refletindo sobre sua liberdade, questionando se os pássaros são realmente livres das correntes do céu. Essa metáfora final sugere que, apesar de estar livre do relacionamento, ele ainda está preso pelas memórias e arrependimentos do passado.