Cobra-cega

A Dança da Sedução e da Brincadeira em 'Cobra-cega' do Bonde do Tigrão

A música 'Cobra-cega' do Bonde do Tigrão é uma representação vibrante e enérgica do funk carioca, um gênero musical que emergiu nas comunidades do Rio de Janeiro e se tornou um fenômeno cultural. A letra da música é uma celebração da dança, da sedução e da brincadeira, elementos centrais na cultura do funk. O Bonde do Tigrão, conhecido por suas letras provocativas e ritmos contagiantes, utiliza a metáfora da 'cobra-cega', uma brincadeira infantil, para criar um ambiente de diversão e sensualidade.

A letra menciona diferentes tipos de mulheres – 'pretinha', 'lorinha' e 'morena' – destacando a diversidade e a beleza feminina. A repetição de 'se amar é coisa louca' e 'tão sempre pedindo mais' sugere uma intensidade e uma paixão que são características do funk. A brincadeira de 'cobra-cega' é usada como uma metáfora para a dança e a sedução, onde a pessoa de olhos vendados tenta encontrar e interagir com os outros, criando um clima de mistério e excitação.

O refrão 'Vem, tchu-tchuca, vem pra ver se tu me acerta' convida a parceira a participar da dança, enquanto 'dá um beijinho, passe a mão' intensifica o tom sensual da música. A expressão 'sente a pressão, sou seu tigrão' reforça a figura do 'tigrão' como alguém confiante e dominante, características frequentemente exaltadas no funk. A música, portanto, não é apenas uma chamada para a dança, mas também uma celebração da liberdade de expressão e da sensualidade, elementos que são fundamentais na cultura do funk carioca.