Laura

A Doce Melancolia de 'Laura' por Braguinha

A canção 'Laura', composta por Braguinha, é uma obra que transita entre a alegria e a melancolia, retratando a dualidade dos sentimentos humanos. No início, a música descreve um cenário idílico, onde a natureza está em harmonia e o amor parece florescer em cada detalhe. A menção a um vale em flor, a fonte e o rio cantando, juntamente com o Sol que banha a estrada, são metáforas que evocam a beleza e a pureza dos momentos iniciais de um amor, onde tudo é visto sob uma luz radiante e esperançosa.

No entanto, a canção toma um rumo melancólico com a chegada do 'depois', marcado pelo adeus e pela separação. O lenço, símbolo de despedida, e a estrada que se estende à distância, representam a inevitável jornada que cada um deve seguir após o fim de um relacionamento. O asfalto e a noite sugerem a dureza e a escuridão que acompanham a solidão, enquanto o bar e as taças de dor simbolizam a tentativa de afogar as mágoas e a tristeza que se segue.

A repetição do nome 'Laura' ao longo da música serve como um chamado nostálgico, uma tentativa de reter a memória de um amor que já não existe mais. As perguntas sobre o paradeiro da rosa dos cabelos, do vale sempre em flor, do sorriso e do amor compartilhado, são ecos de uma saudade profunda e da busca por respostas que talvez nunca venham. 'Laura' é, portanto, uma música que celebra a beleza do amor e lamenta a sua perda, refletindo a natureza efêmera dos relacionamentos humanos.