Fulgor de Ébano
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
Ontem vivi contigo, nada desdita
Que eu nem te digo, tanto castigo
Me torturando, pra te contar!
Foi um momento lindo
Desses que a gente curte
E nem fica aflito, e se arrepia todo
Sem sufocar!
Loucura te ver chegando
Em um estrondo, de marimbondo
Formando um bando, pra me pegar!
Só sei que o tempo inteiro
Surgiram luzes, fomos felizes
Vimos matizes, pra deslumbrar!
E quanto mais você agia
Mais você gritava, e me atolava
Me excitava, pra me transar!
E vi que foi tão valente
Intermitente, sem piedade
Na imoralidade, me maltratar!
E dentro de uma clausura
Você murmura, e se ouriça toda
E sem preguiça, pra me esfolar!
Zombando como loucos
Todos molhados, choramingando
Queríamos só procrastinar!
Foi um encontro daqueles, que a gente inventa
E dificilmente, refaz ou tenta
De tanta magia que ficou no ar!
Encontro entre amigos
Que sem arquivos, tampouco artigos
Queridos pródigos, pra se aninhar!
No brilho de ti despida
Fulgor de ébano, toda incontida
Querida amiga, se extasiar!
Me fez dormir sonhando, me descarando
Acordando bambo, como mulambo
Te desejar!
Em plumas daquela cama
Sem dó nem drama, me abocanhou
Me fez sumir, até gozar!
E fez-se de inocente, toda carente
Nada demente, no seu castigo
Me arrasar!
Cedo, já acirrada, toda ensopada
Me despertou, toda safada
Acabrunhada, me pediu mais!
E ontem eu vivi contigo, deleite e castigo
Nada desdita, noite erudita
Com a senhorita, que só quer mais!
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