É Só Já Orar

Reflexão sobre Desconfiança e Tecnologia em 'É Só Já Orar' de Cef Tanzy

A música 'É Só Já Orar', interpretada por Cef Tanzy, aborda de maneira crítica e irônica os impactos da tecnologia nas relações amorosas contemporâneas. Através de metáforas vívidas, o artista descreve como os smartphones se tornaram fontes de desconfiança e discórdia entre casais, comparando-os a objetos carregados de negatividade como cebolas e caixões, que trazem lágrimas e morte simbólica à relação.

O refrão da música, 'É só já chorar, é só já orar', sugere uma resignação quase cômica diante da inevitabilidade dos conflitos gerados pelo uso excessivo de redes sociais como WhatsApp, Instagram e Facebook. Essas plataformas, segundo a letra, estão 'estragando' as relações, pois incentivam comportamentos como ciúmes e espionagem entre os parceiros. A repetição do ato de verificar se o outro está online ou de investigar likes em fotos alheias ilustra uma obsessão que desgasta o vínculo afetivo.

Por fim, a música não apenas critica, mas também reflete um dilema moderno onde a intimidade é constantemente invadida pela tecnologia. A solução proposta ironicamente pelo título, 'orar', pode ser vista como um comentário sobre a falta de soluções práticas para esse impasse, destacando a complexidade das relações humanas na era digital e a dificuldade em encontrar equilíbrio entre conexão e privacidade.