Que C'est Triste Venise

A Melancolia de Veneza nas Lembranças de um Amor Findo

A música "Que C'est Triste Venise", interpretada pelo renomado cantor francês Charles Aznavour, é uma ode à melancolia que acompanha o fim de um amor, ambientada na romântica cidade de Veneza. A letra descreve a tristeza profunda que se abate sobre o eu lírico ao perambular por uma cidade que, outrora, simbolizava o amor e a paixão, mas que agora ressoa apenas o vazio e a desilusão.

A repetição do verso "Que c'est triste Venise" (Que triste é Veneza) sublinha a dor de um coração que já não encontra alegria nos cantos e paisagens que antes celebravam o amor. As gôndolas e barcarolas, elementos icônicos da cidade, tornam-se meros lembretes da felicidade que se foi. A beleza de Veneza, com seus museus e igrejas, perde o significado diante dos olhos de quem perdeu o amor, tornando-se uma beleza inútil, incapaz de tocar o coração ferido.

A canção também aborda a dificuldade de expressar a dor, onde as palavras são levadas pelo tédio e as lágrimas já não conseguem fluir. O eu lírico menciona a ironia diante da beleza da lua, uma tentativa de esconder a dor que não é mais comunicada. A despedida dos elementos da cidade, como os pombos e a Ponte dos Suspiros, simboliza o adeus aos sonhos que se perderam com o amor que se desfez. "Que C'est Triste Venise" é, portanto, um lamento pela perda, um retrato da solidão e do desencanto que acompanham o fim de um relacionamento outrora cheio de vida e amor.