Roda Viva
Chico Buarque
A Inexorável Passagem do Tempo em 'Roda Viva'
A canção 'Roda Viva', composta por Chico Buarque, é uma reflexão poética sobre a passagem do tempo e a efemeridade da vida. A letra utiliza a metáfora da 'roda-viva' para representar o ciclo incessante de mudanças e a forma como o tempo arrasta consigo pessoas, sonhos e realizações, muitas vezes contra a nossa vontade.
No primeiro verso, o sentimento de estagnação contrasta com o crescimento do mundo, sugerindo uma desorientação diante da rapidez das transformações sociais e pessoais. A 'voz ativa' que o eu lírico deseja ter em seu destino é constantemente desafiada pela 'roda-viva', que simboliza o destino e a força do tempo que tudo leva. A repetição do refrão 'Roda mundo, roda-gigante, rodamoinho, roda pião' enfatiza a ideia de movimento contínuo e incontrolável.
A música também aborda a resistência e a luta contra as adversidades ('A gente vai contra a corrente'), mas reconhece a inevitabilidade de ceder em algum momento ('Na volta do barco é que sente'). A 'roda-viva' não poupa nem mesmo as tradições culturais, como a serenata e a roda de samba, que são levadas pelo tempo. A saudade se torna 'cativa' no peito, mas mesmo ela é carregada pela roda-viva. A canção, portanto, é um lamento pela perda e uma meditação sobre a impermanência da vida.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.
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