A Curva
Cley
Se nem o vento faz
A curva é capaz?
A inocência vem onde a maldade se faz
Se eu saio pela tangente
Um indigente pede paz
Um cara decente
Um aprendiz de homem
Um bom rapaz
Se os teus olhos se mergulham em águas
Uma piscina de segredos
Se a tua boca prega preces tortas
Envenenadas de desprezo
E se as curvas do teu rosto mostram
Uma agonia, um pesadelo
Tua martíria despedaçou
E descobriu que era pouco
Muito pouco para nós dois
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