Ay, que dios boludo

Explorando a ironia e o amor em 'Ay, que dios boludo' de Divididos

A música 'Ay, que dios boludo' da banda argentina Divididos, liderada por Ricardo Mollo, é uma composição rica em metáforas e expressões culturais típicas da Argentina. A letra parece explorar temas de amor e desilusão de uma maneira bastante irônica e peculiar.
No início da música, o narrador descreve como o amor encheu sua vida de complicações e desafios, comparando suas experiências emocionais a 'arandelas y tachuelas' (arruelas e tachinhas), que são pequenos objetos que podem causar desconforto. A referência ao 'bandoneón' (um tipo de acordeão típico do tango argentino) sugere uma conexão profunda com a cultura local, enquanto a 'anestesia local' pode simbolizar uma tentativa de amortecer a dor sem escapar completamente dela.
A segunda parte da música traz uma crítica mais ampla, possivelmente dirigida a figuras de autoridade ou à sociedade em geral, através do uso de imagens como 'aquelarre de presidentes' e a descrição de um deus que falha e se mostra incompetente ('ay, que dios boludo'). O refrão, que convida uma 'pebeta' (moça jovem) para passear, contrasta com o tom mais crítico dos versos, sugerindo um desejo de escapar ou aliviar as frustrações através de momentos simples e prazerosos.