Infinito

O Amor como Prisão e Liberdade em 'Infinito' de Djavan

A música 'Infinito' de Djavan explora a complexidade do amor, utilizando metáforas e imagens poéticas para descrever os sentimentos contraditórios que ele provoca. Desde o início, o eu lírico se declara 'perdido por alguém', indicando uma obsessão ou uma paixão avassaladora que o consome. A expressão 'não consigo ver nada além' sugere que essa pessoa ocupa todos os seus pensamentos, deixando-o incapaz de focar em qualquer outra coisa.

Djavan utiliza a metáfora da prisão para descrever a dualidade do amor. Ele se sente 'preso a você, livre na prisão', o que ilustra como o amor pode ser ao mesmo tempo uma fonte de liberdade e de aprisionamento. Essa contradição é reforçada pela ideia de ser 'livre na prisão', onde a liberdade emocional é encontrada dentro dos limites impostos pelo amor. A letra também menciona que o amor 'faz chorar, distraído rói devagar', sugerindo que o sofrimento causado pelo amor é algo que corrói lentamente, quase sem ser percebido.

A canção também aborda a ideia de entrega total ao amor, com o eu lírico disposto a 'viver por você ou me acabar'. Essa entrega é vista como uma forma de acorrentamento, onde ele se torna 'refém nas grades do amor'. No entanto, há também uma esperança e uma busca por algo maior, como indicado pelas imagens de 'te vejo lá no luar, te espero lá no sol'. Essas imagens celestiais sugerem que, apesar das dificuldades e do sofrimento, o amor ainda é algo que vale a pena buscar e esperar.