Nostalgias Imperiales

El campo es santo
La ciudad no tanto
Obsequia su vino
En silencio
Quimera de Luna
En oro mayor
Nostalgias imperiales
Caballito de totora
Caído en el olvido
Por haber padecido
Tanto

Riega mis desiertos
De cuerpo prestado
De ojos de eucalipto
Y pupilas de ciego
Cartas delirantes
De tarot Marsella
Y huésped temporal
Inquilino en la tierra
Que ha visto monstruos
Más lindos que hombres
Como tú

Bajo este cielo peregrino
Y de puro aburrimiento
Las especies congregadas
Decidimos subsistir

Despiertos dormidos
Sonámbulo herido
Llorar se nos hizo
Un tick tan frecuente
Tantas veces tanto
Callando a mil naves
Y las alas de tus pies
De plumas de quetzal
Recaudadas en ofrendas
Sacrificios de tu propia
Sangre

Bajo este cielo peregrino
Y de puro aburrimiento
Las especies congregadas
Decidimos subsistir

Nostalgias Imperiais

O campo é sagrado
A cidade nem tanto
Oferece seu vinho
Em silêncio
Quimera da Lua
Em ouro maior
Nostalgias imperiais
Cavalinho de junco
Caindo no esquecimento
Por ter sofrido
Tanto

Rega meus desertos
Com corpo emprestado
Com olhos de eucalipto
E pupilas de cego
Cartas delirantes
Do tarô de Marselha
E hóspede temporário
Inquilino na terra
Que viu monstros
Mais belos que homens
Como você

Sob este céu peregrino
E por puro tédio
As espécies reunidas
Decidimos sobreviver

Acordados adormecidos
Sonâmbulo ferido
Chorar se tornou
Um hábito tão frequente
Tantas vezes tanto
Silenciando mil navios
E as asas dos seus pés
De plumas de quetzal
Recolhidas em oferendas
Sacrifícios de sua própria
Sangue

Sob este céu peregrino
E por puro tédio
As espécies reunidas
Decidimos sobreviver

Composição: