Afer Ventus

Afer Ventus: Uma Viagem Poética pelo Cosmos

A música 'Afer Ventus' de Enya é uma obra que combina a beleza da língua latina com uma exploração poética do cosmos. A letra menciona diversos mares lunares, como Mare Nubium e Mare Imbrium, e luas de planetas, como Umbriel e Ariel, que são satélites de Urano. Esses elementos celestiais evocam uma sensação de vastidão e mistério, transportando o ouvinte para uma jornada através do espaço. A repetição da frase 'Et itur ad astra', que significa 'E assim vamos às estrelas', reforça essa ideia de uma viagem cósmica, sugerindo uma busca por algo além do nosso mundo terreno.

Além das referências astronômicas, a música também faz uso de termos latinos que evocam maravilha e eternidade, como 'Mirabile dictu' (maravilhoso de dizer) e 'Sempervirent' (sempre verde). Esses termos, junto com a melodia etérea e a voz angelical de Enya, criam uma atmosfera de contemplação e reverência pela beleza do universo. A música parece convidar o ouvinte a refletir sobre a grandiosidade do cosmos e a nossa pequena, mas significativa, existência dentro dele.

A seção final da letra, conhecida como 'Running verse', traz uma mensagem mais introspectiva e filosófica. Frases como 'Suus cuique mos' (cada um com seu costume) e 'Memento, vita brevis' (lembre-se, a vida é breve) nos lembram da individualidade e da transitoriedade da vida. Essa combinação de temas cósmicos e reflexões pessoais cria uma obra rica e multifacetada, que ressoa tanto no nível intelectual quanto emocional. Enya, conhecida por seu estilo new age e suas composições atmosféricas, mais uma vez nos oferece uma peça que é tanto uma experiência auditiva quanto uma meditação poética sobre a vida e o universo.