A.N.A.R.C.O.S

A Revolta Anárquica de Filipe Ret em 'A.N.A.R.C.O.S'

A música 'A.N.A.R.C.O.S' de Filipe Ret é uma poderosa crítica social e política, que aborda a hipocrisia e a corrupção presentes no governo brasileiro. Desde o início, Ret deixa claro que as autoridades não têm interesse em acabar com a guerra e a violência, e que a hipocrisia é generalizada. Ele descreve o governo como uma piada, refletindo a insatisfação e a descrença na política atual.

Filipe Ret adota uma postura anárquica, afirmando que faz as coisas do seu jeito e que o povo tem a força necessária para mudar a situação. Ele menciona o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e a violência, simbolizada pela Glock, como uma forma de expressar a revolta e a resistência. A referência aos 'black blocs' sugere uma identificação com movimentos de protesto que utilizam táticas de confronto direto.

A letra também aborda a valorização do rap e da cultura de rua, com menções a marcas como Nike Shox e ao uso de maconha. Ret enfatiza que suas palavras e conselhos têm um valor inestimável, e que sua história e visão são mais valiosas do que dinheiro. Ele se vê como um 'Deus audaz' e um 'freestyle', alguém que continua lutando e resistindo, apesar das ameaças.

A repetição do refrão 'Acende, puxa, prende, passa' pode ser interpretada como um ritual de resistência e sobrevivência. Ret destaca que o respeito é conquistado quando se torna uma ameaça, e que a verdadeira mudança vem de dentro, da auto-estima e da união do povo. A música termina com uma afirmação de que todos somos anárquicos, incluindo Deus, sugerindo que a anarquia é uma força universal e inevitável.