Vaca Profana

A Rebeldia e a Liberdade em 'Vaca Profana'

A canção 'Vaca Profana' de Gal Costa é uma expressão artística que desafia convenções e celebra a individualidade. A letra, rica em metáforas e referências culturais, pode ser interpretada como um hino à liberdade de ser e agir fora dos padrões estabelecidos pela sociedade. O termo 'vaca profana' sugere uma quebra de sacralidade, uma recusa em seguir o rebanho, representando a coragem de se destacar e ser diferente.

A menção às 'divinas tetas' e ao 'leite bom' versus 'leite mau' pode ser vista como uma dualidade entre o que é genuíno e o que é falso, ou entre o que é nutritivo e o que é prejudicial. Gal Costa parece advogar por uma vida autêntica, onde se deve absorver o que é bom e rejeitar o que é 'má leche' (má intenção). A artista faz referências a várias cidades e culturas, indicando uma visão cosmopolita e uma celebração da diversidade cultural.

A música também aborda a ideia de que ninguém é perfeito ('De perto, ninguém é normal'), sugerindo que todos têm suas peculiaridades e que devemos aceitar as nossas e as dos outros. A repetição do som 'Ê, ê, ê' e a mistura de idiomas na letra reforçam a ideia de uma celebração global, onde as diferenças são motivo de alegria e não de segregação. 'Vaca Profana' é, portanto, um convite para viver com autenticidade e alegria, desafiando as normas e celebrando a vida em todas as suas formas.