Meu Bem, Meu Mal

A Dualidade do Amor em 'Meu Bem, Meu Mal' de Gal Costa

A canção 'Meu Bem, Meu Mal', interpretada pela icônica Gal Costa, é uma obra que explora a complexidade das relações amorosas e a linha tênue entre o que é benéfico e o que é prejudicial em um relacionamento. A letra da música, rica em metáforas, descreve o amor como algo que é ao mesmo tempo essencial e potencialmente destrutivo, refletindo a dualidade que muitas vezes acompanha os sentimentos mais intensos.

A música começa com a descrição do amado como o caminho, o vinho e o vício, indicando que a presença dessa pessoa é fundamental e prazerosa, mas também pode levar a uma dependência emocional. O uso de palavras como 'bálsamo benigno', 'signo' e 'guru' sugere que o parceiro é visto como uma fonte de cura, orientação e sabedoria. No entanto, a repetição das palavras 'meu zen, meu bem, meu mal' ao final de cada estrofe ressalta a ambiguidade do amor, que traz paz e felicidade ('meu zen, meu bem'), mas também pode ser a fonte de dor e sofrimento ('meu mal').

A referência a elementos como 'mar', 'mãe', 'medo' e 'champagne' amplia o espectro de emoções associadas ao amor, desde a segurança e conforto até a ansiedade e euforia. A música também toca em aspectos espirituais e hedonísticos, como 'visão do espaço sideral', 'fumo' e 'ioga', que contrastam com a ideia de 'droga', 'paixão' e 'carnaval', sugerindo que o amor pode ser uma experiência transcendental, mas também intensamente terrena e sensorial. Em suma, 'Meu Bem, Meu Mal' é uma ode à complexidade do amor, celebrando suas contradições e o poder que tem de nos transformar.