Paleteando Mouro Velho

A Jornada do Gaúcho: Entre a Lida e a Festa

A música 'Paleteando Mouro Velho' de Gaúcho da Fronteira é uma celebração da vida e da cultura gaúcha, repleta de referências ao cotidiano do homem do campo. A letra começa com o narrador encilhando um cavalo velho, apelidado de 'tarugo', e expressando seu desejo de buscar algo novo, cansado de viver de sobras. Essa metáfora inicial já estabelece o tom da música, que é de busca por renovação e mudança.

O refrão 'Paleteia mouro velho tu não vai frouxar o garrão - Quero beber água benta com gostinho de batom' mistura elementos da vida rural com um toque de romantismo. 'Paletear' é um termo usado no meio rural para descrever o ato de conduzir o cavalo, e 'mouro velho' refere-se ao cavalo experiente. A 'água benta com gostinho de batom' sugere um desejo de algo sagrado e ao mesmo tempo sensual, simbolizando a busca por uma experiência que transcenda o cotidiano árduo.

A música também descreve uma cena em um 'rancharedo de vila', onde o narrador ouve uma acordeona tocando uma vaneira, um ritmo tradicional gaúcho. Ele se sente atraído pela música e pela festa, mesmo estando cansado e atrasado de suas lidas com os animais. A letra termina com o narrador fazendo um convite a uma mulher, mas acordando no dia seguinte com a 'orelha murcha', uma expressão que indica arrependimento ou cansaço. Essa narrativa reflete a dualidade da vida do gaúcho, dividida entre o trabalho duro e os momentos de celebração e romance.