Filipe, o Prático

A Dor da Separação e a Busca pelo Pai em 'Filipe, o Prático'

A música 'Filipe, o Prático' de Guilherme Kerr aborda a dor da separação e a busca por compreensão espiritual. A letra começa com a expressão de uma dor profunda: 'Ai como dói, dói tanto e fere a separação, É como quebrar o encanto, perder de pronto a ilusão.' Aqui, a separação é comparada a uma ferida e a perda de uma ilusão, sugerindo uma desilusão ou um momento de crise espiritual.

A canção faz referência direta ao apóstolo Filipe, um dos doze discípulos de Jesus, que em João 14:8 pede a Jesus: 'Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.' A resposta de Jesus, que é refletida na música, é uma reafirmação de sua unidade com o Pai: 'Pois quem me vê, amigo, já tem enxergado a Deus.' Esta passagem bíblica é central para a compreensão da música, pois enfatiza a ideia de que ver Jesus é ver o Pai, e caminhar com Ele é tecer sonhos junto aos seus.

A música também aborda a inevitabilidade da cruz e a solidão que ela traz: 'Como equacionar a inevitável cruz Que vem nos separar e à solidão conduz.' Esta linha reflete a luta interna de muitos cristãos em aceitar o sofrimento e a separação como parte do caminho espiritual. A cruz, símbolo central do cristianismo, é aqui apresentada como um desafio inevitável que conduz à solidão, mas também à redenção e à união com Deus.

A busca por uma visão clara de Deus e a compreensão de sua presença em Jesus são temas centrais na música. A repetição do pedido de Filipe, 'Mostra-nos o Pai, e isso resolverá! Mostra-nos o Pai, isso nos bastará!' reforça a necessidade humana de uma conexão direta e visível com o divino, algo que Jesus afirma já ter proporcionado através de sua própria vida e ensinamentos.