Fronteiro de Alma e Pampa

A Alma do Pampa: Uma Jornada de Tradição e Liberdade

A música 'Fronteiro de Alma e Pampa' de Jari Terres é uma ode à vida no campo, especialmente na região do pampa, que abrange partes do Brasil, Argentina e Uruguai. A letra começa com a imagem de um galo cantando ao amanhecer, um símbolo tradicional de um novo começo e da vida rural. O 'pingo encilhado', um cavalo preparado para a montaria, representa a prontidão e a coragem para enfrentar os desafios da vida. A geada branca no campo e o 'bichará', um tipo de poncho usado para se aquecer, são elementos que destacam a dureza e a beleza da vida no campo.

A segunda estrofe descreve a jornada do narrador montado em seu cavalo, ouvindo o som dos cascos e do equipamento de montaria, que se transforma em uma melodia. Essa imagem poética sugere uma conexão profunda com a natureza e a vida simples, onde até os sons mais comuns se tornam música para os ouvidos de quem vive no campo. A expressão 'guapeando na sina potreada' indica a bravura e a determinação em enfrentar as madrugadas frias e começar um novo dia com vigor.

No refrão, o narrador expressa sua felicidade e contentamento com a vida na estância, mesmo enfrentando o frio de agosto. A 'aragem no rosto' e o 'gelo de agosto' são metáforas para os desafios que a vida no campo apresenta, mas que também trazem uma sensação de liberdade e autenticidade. A 'alma aberta' para o sol que desperta simboliza a receptividade e a gratidão pela simplicidade e beleza da vida rural. A palavra 'fronteiro' no final reforça a ideia de alguém que vive na fronteira, não apenas geograficamente, mas também em um estado de espírito que valoriza a liberdade, a tradição e a conexão com a natureza.