Peão de Tropa

A Vida Errante do Peão de Tropa

A música 'Peão de Tropa' de Jayme Caetano Braun é uma ode à vida errante e solitária do peão, um trabalhador rural que conduz o gado pelas estradas. A letra começa com o narrador refletindo sobre suas origens humildes, nascido e criado em um rancho que já não lhe pertence mais. Ele se resigna ao seu destino de peão de tropa, uma vida de constante movimento e sem raízes fixas, algo que ele acredita ser uma sina dada por Deus.

O peão expressa uma aceitação quase fatalista de sua condição. Ele não tem um rancho e nem deseja ter um, pois seu destino é andar pelo mundo, com a estrada representando a vida e ele próprio sendo a mágoa que nunca tem fim. A repetição dos números 'um - dois - três - quatro - cinco - seis - sete' simboliza a passagem monótona e incessante dos dias e noites, onde a única constante é a sua sorte imutável.

Em alguns momentos, o peão pensa em construir um rancho, mas logo descarta a ideia, pois sua vida errante não lhe permite tempo para isso, nem mesmo para desfrutar de um amor duradouro. A música termina com uma nota de esperança resignada, onde o peão imagina que talvez um dia possa erguer um rancho na 'estrada larga que vai pro céu', sugerindo que a paz e a estabilidade que ele busca só serão encontradas na vida após a morte.