Desenho de Giz

A Efemeridade do Amor em 'Desenho de Giz' de João Bosco

A música 'Desenho de Giz', interpretada por João Bosco, aborda a fragilidade e a efemeridade dos sentimentos no contexto de um amor idealizado que não se concretiza. Através de uma metáfora central, o amor é comparado a um 'desenho de giz', algo que pode ser facilmente apagado ou desfeito, como marcas na areia, destacando a sua vulnerabilidade e temporariedade.

João Bosco, conhecido por sua habilidade em entrelaçar poesia com melodias envolventes, utiliza a letra para expressar a dor de um coração que bate sem ser ouvido e de um sorriso que não é correspondido. A repetição das linhas 'Quem pode querer ser feliz se não for por amor' ressalta a ideia de que a busca pela felicidade, para o eu lírico, está intrinsecamente ligada ao amor, mesmo que este amor traga consigo a possibilidade de dor e sofrimento.

A canção também reflete sobre a decisão de se entregar ao amor, apesar de suas incertezas. O eu lírico parece debater internamente, através das vozes do coração e da boca, sobre o valor de se manter aberto ao amor, mesmo sabendo que pode acabar em desilusão. Essa dualidade entre o desejo de amor e o medo de se machucar é um tema universal, que João Bosco explora com sensibilidade e profundidade em 'Desenho de Giz'.