Siete Crisantemos

Entre a Melancolia e a Reflexão: Uma Análise de 'Siete Crisantemos' de Joaquín Sabina

A música 'Siete Crisantemos' do cantor e compositor espanhol Joaquín Sabina é uma obra que transita entre a melancolia e a reflexão sobre a vida, o amor e a morte. A letra apresenta um eu-lírico que parece estar em um momento de introspecção, ponderando sobre suas experiências passadas e a incerteza do futuro. A menção de dar mais do que se tem e receber mais do que se dá sugere um desequilíbrio nas relações humanas, uma troca nem sempre justa ou equitativa.

O refrão da música, que fala sobre as 'siete llaves del misterio' e 'siete crisantemos en el cementerio', pode ser interpretado como uma busca por respostas inalcançáveis e a aceitação da morte como parte intrínseca da vida. Os crisântemos, flores comumente associadas a lutos e funerais, simbolizam aqui a mortalidade e o fim. A repetição do número sete, que em muitas culturas é considerado um número místico ou sagrado, reforça a ideia de um ciclo ou uma busca por compreensão espiritual.

Sabina também aborda a passagem do tempo e suas consequências, como a cura de feridas e a dependência que os beijos podem criar. A figura da 'mulher de minha vida' que quase o mata em um sonho é uma metáfora poderosa para as relações amorosas intensas e, por vezes, destrutivas. A música é um convite à reflexão sobre a complexidade das emoções humanas e a inevitabilidade do fim, com uma poesia que desafia o ouvinte a encontrar suas próprias chaves para os mistérios da vida.