Xucro Ofício

A Vida no Campo e o Ofício do Peão em 'Xucro Ofício'

A música 'Xucro Ofício' de José Claudio Machado é uma ode à vida no campo e ao trabalho árduo do peão. Desde o início da canção, o artista descreve a rotina matinal, começando com o chimarrão ao pé do fogo, um ritual típico da cultura gaúcha. A letra transmite a sensação de um dia que começa cedo, com o sol ainda despontando no horizonte, e a mente do peão já ocupada com as tarefas do dia. A expressão 'co'as ideia engarrafada' sugere uma mente cheia de preocupações e pensamentos, refletindo a complexidade e a responsabilidade do trabalho rural.

A canção também aborda a relação do peão com os animais, especialmente os cavalos. A descrição da matungada, que são os cavalos mais velhos e experientes, e a forma como o peão lida com eles, revela um profundo conhecimento e respeito pelos animais. A letra menciona o uso de buçal e arreios, instrumentos essenciais no manejo dos cavalos, e a habilidade do peão em domar e controlar os animais, mesmo os mais rebeldes. A expressão 'me levantei aluado' e 'cano virado das minhas botas garroneiras' indicam um estado de cansaço e desgaste, comum na vida de quem trabalha no campo.

Por fim, a música destaca o orgulho e a paixão do peão pelo seu ofício, apesar das dificuldades e do esforço físico envolvido. A frase 'meu xucro ofício que por vício eu fiz de farra' encapsula essa dualidade, onde o trabalho árduo se mistura com a satisfação pessoal e o prazer de cumprir suas tarefas. A canção é uma celebração da cultura gaúcha e do espírito resiliente dos trabalhadores rurais, que enfrentam os desafios diários com determinação e coragem.