Encantamento do Mestre

A Jornada Filosófica e Contracultural em 'Encantamento do Mestre'

A música 'Encantamento do Mestre' de Júpiter Maçã é uma viagem lírica que mistura elementos de contracultura, filosofia e uma busca pessoal por significado. A letra começa com uma referência a um 'samba sujo' e um 'jeans fossilizado', símbolos de uma estética desleixada e vintage que remetem à contracultura dos anos 60 e 70. O eu lírico se identifica com esse estilo, mesmo não sendo um beatnik, um movimento literário e social que também desafiava as normas estabelecidas. Essa identificação com o lado alternativo e rebelde da sociedade é um tema recorrente na obra de Júpiter Maçã, que frequentemente explora temas de liberdade e não conformidade.

A letra também menciona um estudante de filosofia no sexto semestre, que é visto como um 'mestre' quando se manifesta. Isso pode ser interpretado como uma crítica ou uma celebração da intelectualidade e do conhecimento acadêmico. O eu lírico parece admirar essa figura, talvez vendo nela uma fonte de sabedoria e inspiração. A repetição da frase 'Fui confinado' pode sugerir uma sensação de isolamento ou de estar preso em um ciclo, algo que é quebrado pela presença desse 'mestre'.

Outro personagem interessante na música é a 'mais íntima amiga' que dirige um fusquinha 69 e é 'descolada nas plásticas'. Essa figura feminina é vista como um 'grande achado' e parece representar uma forma de liberdade e autenticidade. A música termina com o eu lírico expressando o desejo de ser um discípulo e de se tornar uma 'semente aromal', uma metáfora que sugere crescimento e transformação. A jornada termina com uma cena no 'gueto over hell', onde o eu lírico pede uma coca-cola, um símbolo de consumismo, mas ainda assim encontra alegria ('tri legal') nesse ambiente. A música, portanto, é uma exploração rica e multifacetada de temas como contracultura, filosofia e a busca por autenticidade e significado na vida.