A Mesa Está Posta (part. Blackoutt e JOTAPÊ)

A Mesa Está Posta: A Vida no Bloco e a Realidade das Ruas

A música "A Mesa Está Posta" de Kant, com participação de Blackoutt e JOTAPÊ, é uma representação vívida da vida nas ruas e da cultura de gangues. A letra é repleta de referências à vida urbana, onde o artista se posiciona como uma figura respeitada e temida em seu bairro. A expressão "a mesa está posta" sugere que tudo está preparado para enfrentar os desafios e que a vida no bloco é uma constante batalha, onde é preciso estar sempre pronto para qualquer situação.

A música também aborda a questão da fama e da reputação. Kant se descreve como "famigerado", alguém cujo nome é conhecido e respeitado, mas também temido. Ele fala sobre a importância de manter a lealdade às ruas, que são as únicas que realmente o entendem. A letra reflete a dualidade entre a busca por sucesso e a necessidade de permanecer fiel às suas raízes e à sua comunidade. Essa tensão é evidente nas referências a armas, dinheiro e a vida de gangue, que são apresentadas como parte integrante de sua identidade.

Além disso, a música faz uso de várias metáforas e referências culturais, como menções a figuras do esporte e da música, para ilustrar a complexidade da vida que o artista leva. A letra também critica a superficialidade de algumas pessoas que se dizem parte de gangues, mas não compreendem a verdadeira essência dessa vida. Kant destaca a importância de ser autêntico e de não se deixar levar por aparências ou tendências passageiras. A música, portanto, é um retrato cru e honesto da realidade das ruas, onde a sobrevivência e a lealdade são fundamentais.