Ojos de Dragón!

En miércoles fríos
La estación oscura
A poetas cobardes
Les mete pavura

Sin embargo, cuando
Viene tu figura
Firme y taconeando
Vos la hacés pintura

Trompa de elefante, ojos de dragón
Pasti, volvés arte Constitución

Desacreditan mi arte
De seducción, mis gomías
En noches de tanguerías
Y sin parar de mirarte

Caen sentados de traste
Sus ratones no dan tregua
Me dicen: guacho, robaste
¿Qué hacés con tremenda yegua?

Trompa de elefante, ojos de dragón
Pasti, flor del sur en Constitución

Entonces yo les comento
Que vos derrochás dulzura
Y ese rasgo en tu hermosura
Produce una envidia sana
Imaginate si cuento
Lo que hacemos en la cama

Me enloquece tu mirada
Me atropello con tus labios
Y, entre salivas, resbala
El mensaje de los sabios

Tus ojos entrecerrados
Parecen mirar lo eterno
Rodando desaforados
Burlamos noches de invierno

En este juego convexo
Tu espalda eclipsa mi ombligo
Tu sexo, para mi sexo
El más milagroso abrigo

Tu espalda contra mi pecho
Tus pechos en el espejo
Que refleja desde el techo
Pecaminosos reflejos

Trompa de elefante, ojos de dragón
Pasti, flor del sur en Constitución

Y yo me encargo de contarles
Que vos derrochas dulzura
Y ese rasgo en tu hermosura
Produce una envidia sana
Imaginate si cuento
Lo que hacemos en la cama

Olhos de dragão!

Nas quartas-feiras frias
A estação escura
Aos covardes poetas
Lhes enchem de pavor

No entanto, quando
Chega a sua figura
Firme e barulhenta
Você tira de letra

Trompa de elefante, olhos de dragão
Pasti, você faz arte da Constituição

Desacreditam minha arte
De sedução, meus amigos
Em noites de Tango
E sem parar de te olhar

Caem sentados de bunda
Esses malas não dão trégua
Me falam: Mano, você se superou
O que você tá fazendo com essa potranca?

Trompa de elefante, olhos de dragão
Pasti, você faz arte da Constituição

Então conto pra eles
Que você derrama doçura
E esses traços na sua beleza
Gera uma inveja saudável
Imagine se eu disser
O que fazemos na cama

Seu olhar me enlouquece
Me atropelo com seus lábios
E, entre salivas, ressoa
A palavra dos sábios

Seus olhos semicerrados
Parecem olhar para o eterno
Circulando sem parar
Nós enganamos as noites de inverno

Neste jogo convexo
Suas costas eclipsam meu umbigo
Seu sexo, para o meu sexo
É o abrigo mais milagroso

Suas costas contra o meu peito
Seus seios no espelho
Que reflete lá no teto
Reflexos pecaminosos

Trompa de elefante, olhos de dragão
Pasti, você faz arte da Constituição

E faço questão de contar pra eles
Que você derrama doçura
E esses traços na sua beleza
Gera uma inveja saudável
Imagine se eu disser
O que fazemos na cama

Composição: Juan German Fernandez Betancor