Na Horizontal

Desejo e Desilusão em 'Na Horizontal' de Lauana Prado

A música 'Na Horizontal' de Lauana Prado aborda a complexidade das relações casuais e o conflito entre desejo e emoção. A letra começa com um clima de sedução, onde a protagonista expressa seu desejo físico, mas ao mesmo tempo, revela uma cautela emocional. A frase 'A minha língua tá querendo morar na sua boca' é uma metáfora clara para o desejo de intimidade física, enquanto 'Eu tô querendo deixar' mostra uma hesitação, um conflito interno entre ceder ao desejo e proteger seus sentimentos.

No refrão, a protagonista deixa claro que não quer se envolver emocionalmente, pedindo para não ser chamada de 'amor' porque sabe que pode acabar acreditando e se machucando. A linha 'Não tenho emocional pra me emocionar' reflete uma vulnerabilidade e uma tentativa de se proteger de possíveis desilusões. Ela reconhece que a outra pessoa pode estar apenas interessada em uma relação superficial, sem compromisso, e isso a faz se sentir insegura sobre se deve ou não se entregar completamente.

A música também explora a ideia de que, mesmo em relações casuais, é fácil se apegar e se machucar. A frase 'Se eu acostumar a ver seus traços na horizontal, vai dar ruim pra mim' sugere que a protagonista teme se apegar ao parceiro, o que poderia levar a um sofrimento emocional. A conclusão da música reforça essa ideia, com a protagonista pedindo para que, se for apenas uma transa, que isso seja deixado claro desde o início. Ela quer evitar confusões e desilusões, preferindo a honestidade sobre as intenções de ambos.