Nem o Sol, Nem a Lua, Nem Eu

A Melancolia do Amor Não Correspondido em 'Nem o Sol, Nem a Lua, Nem Eu'

A música 'Nem o Sol, Nem a Lua, Nem Eu' de Lenine é uma profunda reflexão sobre o amor não correspondido e a solidão que dele advém. A letra é rica em metáforas e imagens poéticas que expressam a dor e a desilusão de alguém que se entrega completamente ao amor, apenas para descobrir que seus sentimentos não são recíprocos.

No primeiro verso, o eu lírico descreve como encontrou a Lua antes que ela o encontrasse, simbolizando uma tentativa de antecipar e controlar os eventos para evitar a dor. Ele se lança pelas estrelas e brilha no lugar da Lua, uma metáfora para o esforço de se destacar e ser notado. No entanto, mesmo com todo esse esforço, a pessoa amada não aparece, deixando o eu lírico em um estado de saudade e desilusão.

O segundo verso continua com essa temática de antecipação e esforço. O eu lírico acorda o dia antes que ele acorde a pessoa amada, tentando ser a luz que a guia. No entanto, a saudade derramada escurece a cidade, e ele desaba na tempestade por um beijo que nunca vem. A repetição da frase 'Nem a Lua, nem o Sol, nem Eu' reforça a ideia de que, apesar de todos os esforços, o amor não se concretiza. A conclusão da música, onde o Sol não quer o dia e a noite não quer o luar, simboliza a perda de esperança e a aceitação da realidade amarga de um amor não correspondido.