Paisagem da Janela

A Janela do Existencialismo em 'Paisagem da Janela'

A música 'Paisagem da Janela', composta por Lô Borges e Fernando Brant, é uma obra que reflete a contemplação e a introspecção. Através da janela lateral do quarto de dormir, o eu lírico observa o mundo exterior e, ao mesmo tempo, revela seu mundo interior. A igreja, o muro branco, o voo do pássaro e a grade são elementos que compõem a paisagem externa, mas que também podem ser interpretados como metáforas para aspectos da vida e da condição humana. A igreja pode simbolizar a fé ou a busca por algo maior, enquanto o muro branco e a grade podem representar barreiras físicas ou emocionais.

O eu lírico se descreve como um 'cavaleiro marginal', uma figura que vive à margem da sociedade, imerso em seus próprios mistérios e experiências. Essa descrição pode ser uma metáfora para a individualidade e a jornada pessoal de cada um, destacando a importância da autenticidade e da aceitação das próprias vivências. A repetição da frase 'Você não quer acreditar' sugere uma desconexão entre o eu lírico e o ouvinte, talvez indicando uma dificuldade em compartilhar ou ser compreendido em sua perspectiva única.

A música, com sua melodia suave e poética, convida o ouvinte a refletir sobre a vida, a aceitação do que é considerado 'normal' e a importância de reconhecer e valorizar as próprias experiências, mesmo que estas sejam vistas como marginais ou incomuns. 'Paisagem da Janela' é um convite à introspecção e ao reconhecimento da beleza e complexidade da existência humana, observada tanto pela janela do quarto quanto pela janela da alma.