Olhos

A Profundidade dos 'Olhos' na Canção de Luance

A música 'Olhos' de Luance explora a complexidade e a profundidade do olhar humano. Desde o início, a letra destaca como os olhos são capazes de ver segredos, fúria e compaixão, sugerindo que eles são janelas para as emoções mais profundas e ocultas. A dualidade entre beleza e ilusão também é mencionada, indicando que o que vemos nem sempre é a realidade, mas pode ser uma construção de nossa mente ou uma interpretação subjetiva.

Os olhos, na visão de Luance, são mais do que simples órgãos de visão; eles são instrumentos de conexão emocional. Eles sentem e escondem amor, completam-se e são sinceros, especialmente quando envelhecem e se tornam 'velhos negros olhos sinceros'. Essa sinceridade dos olhos mais velhos pode ser uma metáfora para a sabedoria e a experiência que vêm com a idade. A letra também sugere que os olhos são corretos, talvez indicando que eles não mentem, mas refletem a verdade interior de cada pessoa.

No entanto, a música também aborda a inevitabilidade do destino e como, apesar de tudo o que os olhos veem e sentem, às vezes o destino não perdoa. Isso é exemplificado pela frase 'lindos claros na imensidão', que pode sugerir momentos de clareza ou beleza que são raros e preciosos. O refrão 'Olhos notam mas não se tocam' reforça a ideia de que, embora os olhos possam perceber e sentir profundamente, há uma barreira entre o que é visto e o que é tocado ou experimentado fisicamente. Essa separação entre percepção e realidade é um tema central na música, culminando na ideia de que, mesmo com toda a percepção, 'a gente chora'.