Várias Boquinhas

Liberdade e Autonomia em 'Várias Boquinhas' de Mari Fernandez

A música 'Várias Boquinhas' de Mari Fernandez aborda temas de liberdade e autonomia pessoal, especialmente no contexto de relacionamentos amorosos. A letra começa com a narradora refletindo sobre um relacionamento passado com um parceiro controlador, que ditava como ela deveria se vestir e comportar. Esse controle é simbolizado por frases como 'Muda esse cabelo, a roupa tá curtinha!' e 'Cê tem que ter respeito! Cê tem que andar na linha!'. Essas imposições representam uma tentativa de moldar a identidade da narradora, restringindo sua liberdade individual.

A resposta da narradora a essa situação é uma celebração da solteirice e da vida sem amarras. Ela declara que prefere estar solteira e aproveitar a vida de forma despreocupada, sem as restrições de um relacionamento controlador. A expressão 'Eu amo a cachorrada, eu amo a bagaceira' reflete essa atitude de viver intensamente e sem compromissos. A repetição da frase 'Pra quê ter uma só, se posso ter várias boquinhas?' reforça a ideia de que a narradora valoriza a diversidade de experiências e a liberdade de escolha.

A música também faz uso de uma linguagem coloquial e divertida, com expressões como 'revoadinha' e 'chama na pressão', que contribuem para um tom leve e festivo. Mari Fernandez, conhecida por seu estilo animado e envolvente, utiliza esses elementos para criar uma atmosfera de celebração e empoderamento. A música, portanto, não é apenas uma rejeição ao controle, mas também uma afirmação da autonomia e do direito de viver a vida de acordo com as próprias regras.