Calma

Resiliência e esperança em "Calma" de Marisa Monte

"Calma", de Marisa Monte, transmite uma mensagem de resiliência e esperança, especialmente marcada pelo contexto do isolamento social durante a pandemia de COVID-19. O verso “Não é tudo isso, é quase nada / Tempestade em copo d'água” mostra como a música propõe relativizar as dificuldades, sugerindo que muitos problemas podem ser menos graves do que parecem quando encarados com serenidade. A repetição da palavra “Calma” funciona como um mantra, reforçando a importância da paciência e do autocuidado em tempos de incerteza.

A letra também traz imagens de superação e renovação, como em “Eu não tenho medo do escuro / Sei que logo vem a alvorada”, reforçando a ideia de que, após períodos difíceis, sempre há espaço para recomeços. O trecho “Deixa a luz do Sol bater na estrada / Ilumina o asfalto negro” usa a metáfora da luz vencendo a escuridão para transmitir otimismo e confiança em dias melhores. Além disso, a canção aborda relações interpessoais, pedindo compreensão e evitando julgamentos precipitados, como em “Não diga que não gosta de mim / Não diga que não vai me notar”. Assim, "Calma" se apresenta como um convite ao equilíbrio emocional, à empatia e à confiança no futuro, embalado por uma sonoridade suave que remete ao soul brasileiro e às parcerias criativas de Marisa Monte.