Quem Me Viu, Mentiu

A Ostentação e a Realidade nas Rimas de MC Brankim

A música "Quem Me Viu, Mentiu" de MC Brankim é uma representação vívida da cultura de ostentação e da vida na periferia. A letra aborda temas como poder, status e a busca por respeito dentro da comunidade. Desde o início, a música estabelece um tom de autoridade e confiança, com referências a armas e a uma postura de não se deixar abalar pelas adversidades. A menção à Glock e à favela cria um cenário onde a sobrevivência e a imposição de respeito são essenciais.

A letra também explora a dinâmica de gênero e a masculinidade, com MC Brankim se autodenominando um "cachorrão" e afirmando que tem várias mulheres. Essa postura reflete uma visão de masculinidade associada à virilidade e ao controle, onde o número de parceiras é um símbolo de status. A repetição da frase "Quem me viu, mentiu" sugere que a imagem pública do artista pode ser enganosa, e que há uma diferença entre a percepção externa e a realidade interna.

Além disso, a música faz referência à ostentação material, com menções a motos potentes como a R1000 e a queima de borracha no asfalto. Esses elementos são símbolos de poder e sucesso dentro da cultura do funk, onde a exibição de bens materiais é uma forma de afirmar a própria identidade e conquistar respeito. A repetição do refrão reforça a ideia de que a imagem que os outros têm de MC Brankim pode não ser totalmente verdadeira, sugerindo uma crítica à superficialidade das aparências e à inveja alheia.