D.S.

A Revolta de Michael Jackson Contra a Injustiça em 'D.S.'

A música 'D.S.' de Michael Jackson é uma crítica direta e feroz a Tom Sneddon, o promotor de Santa Barbara que liderou as investigações contra o cantor nos anos 90 e 2000. A letra é carregada de ressentimento e frustração, refletindo a percepção de Jackson sobre a perseguição e injustiça que ele sentiu ter sofrido. A repetição do nome 'Dom Sneddon' ao longo da música enfatiza a intensidade do desdém de Jackson por Sneddon, retratando-o como um homem frio e implacável.

Michael Jackson utiliza metáforas e referências culturais para intensificar sua mensagem. Ele sugere que Sneddon está envolvido em atividades questionáveis, mencionando a CIA e o FBI, e até mesmo insinuando uma conexão com o KKK. Essas referências servem para pintar um quadro de um homem que, na visão de Jackson, está disposto a fazer qualquer coisa para alcançar seus objetivos políticos, sem se importar com a moralidade ou justiça. A letra também sugere que Sneddon é um indivíduo isolado e sem vida social, o que pode ser uma tentativa de desumanizá-lo e destacar sua frieza.

A música também reflete a luta de Jackson contra o sistema judicial e a mídia, que ele sentia estar constantemente tentando derrubá-lo. A repetição da frase 'He don't do half what he say' sugere que Sneddon é hipócrita e não cumpre suas promessas, reforçando a ideia de que ele é um manipulador. A colaboração com Slash na guitarra adiciona uma camada de agressividade e intensidade à música, complementando a raiva e frustração expressas na letra. 'D.S.' é, portanto, uma poderosa declaração de resistência e um grito de revolta contra a injustiça percebida por Michael Jackson.