Bailanta do Tibúrcio
Pedro Ortaça
Vou contar de uma bailanta que existiu no meu pontão
Indiada do queixo roxo que nunca froxou o garrão
Vinho curtido em barril e cachaça de borrachão
Os gaiteiros que eram buenos davam a mostra do pano
O Carlito e o Dezidério o Felicio e o Bibiano
Cambiando com o Juvenal num velho estilo pampeano
Dona china passou ruge ajeitou bem o cocó
Cruzou o jaguapassô lavou os pés no jaguassengó
Na bailanta do Tibúrcio balanceava o mocotó
Lembranças que são relíquias dos meus tempos de guri
Os pares todos bailando coisa mais linda eu não vi
Um agarrado no outro pra mode de não cair
E lá pela madrugada bem na hora do café
Dom Tibúrcio mestre sala gritava batendo o pé
Agora levanta os home para comer as muié
Milho assado era o catete plantado de saraqüá
Feijão preto debulhado a bordoada de manguá
Bóia melhor do essa lhes garanto que não há
É lá no velho pontão linda terra de fartura
Queijo, ambrosia e melado bolo frito e rapadura
Batata deste tamanho e mandioca desta grossura
Mas que tempo aquele tempo que se vivia feliz
Só a saudade restou lá no garrão do país
Da bailanta do Tibúrcio vertente, cerne e raiz
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Pedro Ortaça e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: